Conclusões... (Parte II)
É responsabilidade do Estado prover condições adequadas para o ensino e para o aprendizado, porém sabemos que o Estado falha, quando temos um chefe de Estado que nega a pandemia, faz pouco caso das medidas de prevenção e não dá as mínimas condições necessárias à população seja no aspecto econômico ou social; não temos políticas públicas, estamos há anos, assistindo o desmonte da educação pública, nós Residentes passamos pela insegurança de vermos o programa Residência Pedagógica ser cancelado por falta de verba e tivemos nossas bolsas de estudo atrasadas (não só as nossas, mas de todos os envolvidos) e neste contexto de Covid-19 o governo não conseguiu dar as condições necessárias para que a população mais carente tivesse acesso às novas metodologias educacionais. A exaustão chega a todos neste processo, principalmente aos professores.
Apesar de todas as
dificuldades, aprendi na prática a importância do olhar diferenciado sobre cada
estudante, é preciso além de conhece-los, conhecer o seu contexto familiar e
respeitar o seu ritmo; é um cuidado a mais, um carinho a mais, mas que trouxe bons
resultados no final. Pudemos observar a evolução destes estudantes e a alegria
a cada nova conquista.
Acreditando que a Educação
exerce influência social, transformando a sociedade, então, estamos crendo
também que a Educação reforça a capacidade crítica do indivíduo, atestando o
grau de desenvolvimento desta mesma sociedade (DIAS E PINTO, 2019)*. É
necessário que o Estado se responsabilize por este contexto, oferecendo um
espaço saudável de ensino e aprendizagem.
Nós (futuros) professores,
continuaremos a lutar e a trabalhar, por acreditar que de fato, só a educação é
capaz de transformar o mundo (e as pessoas) em um lugar melhor.
Referência:
DIAS, Érika; PINTO,
Fátima Cunha Ferreira. A Educação e a
Covid-19. Ensaio: aval.pol. públ.Educ., Rio de Janeiro, v. 28, n. 108, p.
545-554, Sept. 2020.